segunda-feira, 9 de junho de 2014

Deus morto no seculo XIX




Eu sei que posso te contar. Eu sei da sua grande compaixão por meus sentimentos.

Eu não sei se posso te contar como é estar fora da linha, marginalizado pelo bem maior da sua existência.

Eu sei que posso usar como argumentos os conceitos da psicanalise, posso discordar e levantar teses. Posso usar meu terno preto, satirizando a existência em longos tragos.

Vinhos;

Ah! Eu sei que posso te contar tudo, eu posso seduzir o espelho da sua democracia, eu posso ser um exemplo de humilhação em sua cadeira de revolta interior.

Claro que posso ser mais uma peça em seu tabuleiro ideológico; ideologia do nada.
Seu mergulho superficial sobre os rios da humanidade, 

Eu sei, eu sei, eu vou trabalhar. Já devolvi a fita na locadora. Nosso governo é corrupto, nossa vida é mentalmente exorcista; Sim mentalmente exorcista. 

Exorcismo de uma forma lenta e melancolia do todo dia, horas, segundo, lugares, reuniões, saladas, chuveiro, quente, não primavera, oh.

Desculpa, me exaltei perante sua esperteza. Ah usei palavras grosseiras? Não sou inteligente? Eu sei que posso confiar em você como Reich confiou. 

Mas, sabe de uma coisa - Somos a geração 90; não lembramos, muito menos assinamos contrato com o seu céu sagrado, com seu Deus morto no século XIX. Sociedade coletiva para poucos.
 
Eu sei, vou te contar.  Vou argumentar, sim:  Freud fala sobre pulsão de morte? Ah morte? Que morte? A minha sogra morreu, foi triste, temos um inventario. Sim você esta falando da sua pulsão de morte.  Oque você perdeu? Oque o morto ganho? O quanto vocês sem entendiam? E a vida?

Não temos contrato com um céu julgador da existência, da vida, quero o direito de viver, existir aqui, em terra, conforme for minha vontade de potencia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário